Tomates Integros e Competentes & Seus Políticos

Lá em casa quase sempre sou eu quem faz compras de frutas e verduras, parte essencial de nossa alimentação, direcionada para e por hábitos saudáveis.

E freqüentemente paro perto da bancada de tomates para apreciar como as pessoas os escolhem. Apalpa daqui, aperta ali, e as escolhas naturalmente recaem sobre os mais inteiros, sem máculas ou manchas, maduros e suficientemente capazes de proporcionar uma vistosa salada ou molho de sabor garantido. Claro que nem todos os tomates são absolutamente perfeitos, mas quem escolhe sabe intuitivamente o quanto de tolerância deve ter para compor um conjunto minimamente aceitável do fruto.

Pensando bem, esta ilustração diz claramente o que o eleitor, oops, digo, escolhedor de tomates … e de políticos quer de verdade, para preparar à si próprio e à sua família refeições confiáveis, saborosas e saudáveis, sem esquecer do preço pago, obviamente. Afinal, para o seu cérebro, os parâmetros de qualidade são idênticos, smj. Alguém discorda?Então, o que envolve este processo de escolha? O que será essencial, indispensável e constante neste exercício?

Inicialmente alguém tem que produzir políticos, oops novamente, tomates, ou seja, dispor de boa terra, semear, regar, proteger de pragas, deixar amadurecer, colher, acondicionar, transportar ao ponto de venda, expor em local adequado e acessível, estampando um valor compatível com o oferecido, digamos assim, dentro das possibilidades financeiras dos consumidores daquele…distrito! Soa familiar? Como ficaria o parágrafo acima, trocando tomates por políticos? Experimente, deguste, por momentos vença a sua eventual rejeição ao texto, digo, tomates e imagine a situação. E aí, o que você, agora protagonista do relato, associou a cada etapa? Mas e quanto a quem escolhe, o que dizer? Inicialmente, precisa gostar de tomates ou ter a consciência do quanto ele é indispensável numa boa gastronomia, e quanto é importante como fonte de potássio, equilibrando o monte de sódio ingerido compulsoriamente nos inevitáveis industrializados impostos em nossa até então alimentarmente inconsciente sociedade de (muito) consumo.

Mais, a pessoa precisa sair de casa, eventualmente pegar transito, estacionar o carro, caminhar por entre tantos e chegar na bancada dos tomates. Precisa saber o que quer, qualitativa e quantitativamente, e acionar seus sentidos do tato, olfato, visão, quando não ainda da audição (atenção aquela opinião da dona de casa que sabe tuuuudo de tomates) e do paladar (pois é, já vi gente mordiscando o fruto…). Faz sentido? Os cinco sentidos? Todos eles a serviço da melhor escolha, do tomate inteiro (integro) e competente (capaz). Ainda observando a cena, curiosamente fico aliviado quando a pessoa despreza os tomates “duvidosos”, ainda que a aparência seja aceitável, sei que você entende a analogia com candidatos a cargos políticos! Não é firme ou harmônico, com aroma ruim … fora!

Mas ainda tem a decisão do quanto levar em função da demanda existente (!?), tem que enfrentar a fila do caixa, haja paciência, a conferencia do preço, o pagamento
(é, ter capital para investir), o embalamento (sem trocadilho com balas perdidas por aqui), o transporte à residência, o devido acondicionamento, o uso no tempo devido (sim, ele é cortado e pode ir ao fogo!) e a conferencia de que a receita deu certo. Nada como ouvir este “veredictum” dos efetivo consumidores. Até para saber se valeu ou não comprar os tomates naquele mercado, se o modo de preparo foi ok, se a forma de servir foi ok.

Ufa, pois é, comprar bons tomates leva tempo, dá trabalho, talvez doa (os pés ou bolso). Mas como preparar um bom espaguete “ao sugo” ou um molho à parmegianna sem eles?
Parafraseando: Ufa, pois é, produzir bons políticos leva tempo, dá trabalho, talvez doa (a consciência ou ideologia). Mas como preparar um bom programa de governo ou atender às reais demandas da população sem eles? Em suma, ou “ao sugo”, ok, tomates e políticos são coisas diferentes, mas como são semelhantes! E para facilitar todo este processo, e para que seja eficiente e saboroso, (por que não?), criou-se o VoteNet (…link aqui…!?). Pra você poder escolher melhor os tomates (políticos) que você vai colocar em sua mesa (politica brasileira).

Não sei se de cara todos os “tomates políticos” (ou o inverso se você quiser)são perfeitamente esféricos e sem manchas, mas certamente são os inteiros (honestos ao que se propõe e com passado, origem, confiável) e capazes (competentes para produzir resultados não tóxicos e saudáveis) os que merecem comparecer em nossas melhores refeições.
Enfim, que você se inspirando em tomates, faça boas escolhas de políticos já agora em 2016. Penso que assim, não “verei a dor” do povo, mais uma vez sendo enganado por tomates verdes, chega de sermos fritos!

René Milazzo

Ps.: O autor prefere não comentar sobre cores de tomates…rss

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